Thomas Lovejoy defende ‘esforço planetário’ pelo verde no mundo

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    O pesquisador americano Thomas Lovejoy, conservacionista que realizou estudos pioneiros sobre a floresta amazônica, defendeu nesta sexta-feira (26), em Manaus, um “esforço planetário para voltar a enverdecer o planeta”. Ocolunista do Globo Amazônia fez apresentação no Fórum Internacional de Sustentabilidade, que reúne empresários para discutir o meio ambiente e, em especial, a importância da maior floresta tropical do mundo.

    Ao mesmo tempo em que ressaltou o papel-chave da Amazônia para a estabilidade do clima global, Lovejoy levantou questionamentos em relação às intervenções humanas na floresta – como por exemplo, a necessidade de construção de estradas que podem servir de vetores de desmatamento na região. “A rodovia Transoceânica está levando ao surgimento de garimpo ilegal na Amazônia peruana”, exemplificou.

    Ele explicou que, antes de se abrirem novas rodovias, é importante avaliar a possibilidade de uso de outros modais de transporte, como, no caso da Amazônia, da hidrovia. Lovejoy também mostrou que, para chegar ao mercado do Sudeste, a energia das usinas hidrelétricas em construção no Rio Madeira terá de percorrer as mais longas linhas de transmissão de alta voltagem já construídas.

    Ao mesmo tempo em que destacou como a ação do homem pode ser prejudicial, Lovejoy cita também iniciativas que considera positivas para a floresta, como a criação de reservas. Ao mostrar um mapa da atual quantidade de áreas protegidas existentes na região, comentou: “É extraordinário. É algo de que não se poderia sonhar quando coloquei os pés pela primeira vez na Amazônia, em 1965”. A porção de florestas em reservas aumentou consideravelmente desde então, quando praticamente não havia unidades de conservação.

     

    Lovejoy defendeu que é possível reverter o processo de emissão de gases causadores do efeito estufa e que a Amazônia pode ser parte disto. Ele citou como exemplo projetos pioneiros de Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação), como Mamirauá e Juma, ambos no Amazonas. O último é apoiado por uma rede internacional de hotéis que destina US$ 1 por quarto alugado para a conservação da floresta.

     
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